Carmem Faini Tiepolo de Aguiar

É muito importante todos nós participarmos e aprendermos tudo

 sobre o autismo!

em algumas coisas que a gente não consegue se acostumar. Mesmo que a gente saiba que isso acontece todos os dias em todo lugar.

Semana passada atendi um bebê de 2 anos e 4 meses no consultório, com diagnóstico de autismo. Família de Santa Catarina.

A mãe me contou que fizeram o tratamento de forma correta, intensiva por 10 meses e depois foram obrigados a interromper o tratamento.

Quando perguntei o motivo, os olhos da mãe se encheram de lágrimas. O pai se manteve firme...

- O dinheiro acabou. Nós vendemos um terreno, o carro da família, outro carro antigo (que o pai tinha ganhado de herança). Houve mês que gastamos 11 mil reais com o tratamento.

Quando a mãe disse que iria vender a casa para manter o tratamento do bebê o pai disse que não... eles tem uma outra filha de 5 anos e precisavam da casa para não voltar a pagar aluguel.

Meu, eu sei que isso acontece... mas é triste demais. O pior de tudo é que não adiantou nada, porque a criança agora não terá mais tratamento adequado. Então, praticamente todo o patrimônio da família acabou em 10 meses e isso simplesmente não irá adiantar nada...

A VERDADE é que conseguir equipes para tratamento de crianças no TEA ainda é MUITO MUITO MUITO DIFÍCIL em qualquer lugar do Brasil... e em Curitiba não é diferente. Não é só difícil, é MUITO CARO.

O tempo para formar um profissional para atender adequadamente estes pacientes é longo, o investimento financeiro é alto. Então, eu sou capaz de entender que os profissionais queiram receber pelos atendimentos de forma justa... mas algo com certeza está errado no que aconteceu com essa família... porque não parece justo.